> > Dois cumpadre de Uberlandia tavam bem sossegadim fumando
> > seus respectivo cigarrim de paia e proseano.
> > Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles
> > pergunta pro outro:
> > - Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
> > - No que o outro respondeu:
> > - Acho bão, sô!
> > O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de
> > novo:
> > - Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
> > E o outro: - Uai! É mió nudês do que nunosso, né mesmo?
> >
> > ___________________________________________________________
> >
> > SUTILEZA MINEIRA
> >
> > O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a
> > ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver
> > se ela não carecia de arguma coisa...
> > Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam
> > acostumados a ficar a sós....falaram sobre o tempo....
> > - Será qui chove?
> > - Pois é......
> > Ficô um grande silêncio.....
> > Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:
> >
> > - Cumadi....qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?
> >
> > - Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....
> > ________________________________________________________________
> >
> > TREM CAIPIRA
> >
> > Uma mulher estava esperando o trem na estação
> > ferroviária de Varginha, quando sentiu uma vontade de ir
> > urgentemente ao banheiro. Foi....
> > Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a
> > chorar.
> > Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e
> > perguntou:
> > - Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
> > - É que eu fui urinar e o trem partiu.....
> > - Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá não...tenho
> > certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem
> > partido....
> > ____________________________________________________________-
> >
> > CUNVERSA DE MINEIRIM
> >
> > - Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
> > - Num gosta di pescá....
> > - Num gosta di futebor...
> > - Num sabi contá piada...
> > - Num toma umas pinguinha....
> > - Óia, cumpadi....si num tivesse xoxota, eu nem
> > cumprimentava.
> > _________________________________________________________________
> >
> > MUIÉ MINEIRA
> >
> > Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam.
> > Um deles pergunta:
> > - Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as
> > muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim,
> > cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
> > - Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só
> > pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
> > O outro dá uma pitada no cigarro:
> > - Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.
> > _____________________________________________________________
> >
> > DIPROMA
> >
> > O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala,
> > proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por
> > ali.
> > Ele chama:
> > - Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho
> > aqui pra visita!
> > E o amigo estranha:
> > - Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
> >
> > - É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha
> > filha estudar em Belzonte e ela voltou com ele!
> > _____________________________________________________________
> >
> > MINEIRIM NO RIDIJANEIRO
> >
> > Um mineirim tava no Ridijaneiro, bismado cas praia, pé
> > discarço. Sem camisa, caquele carção samba canção, sem
> > cueca pur dibacho.
> > Os cariocas zombano, contano piada de mineiro. Alheio a
> > tudo, o mineirim olhou pro marzão e num se güentô: correu
> > a toda velocidade e deu um mergúio,deu cambaióta, pegô
> > jacaré e tudo mais.
> > Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e
> > grudadim na pele.
> > Tudu mundo na praia tava oiano pro tamanho do
> > 'amigão' que o mineirim tinha.
> > O bicho ia até pertim do juêio...A turma nunca tinha
> > visto coisa igual. As muié cum sorrisão, os homi roxo
> > dinveja, só tinham olhos pro bicho.
> > O mineirim intão percebeu a situação, ficou todo
> > envergonhado e gritou:
> > -Qui qui foi, uai? Seus bobãum... vão dizê qui quando
> > oceis pula na água fria, o pintim doceis num incói
> > tamém...?
> > ____________________________________________________________
> >
> > TRAIÇÃO À MINEIRA
> >
> > O amigo chega pro Carzeduardo e fala:
> > - Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
> > - Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
> > - Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o
> > Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
> > - Duvido! Ele não teria corage....
> > - Mais teve! Pode confiri.
> > Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que
> > sai de casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando
> > pela fresta da porta.
> > Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto
> > pra começar a sacanage.
> > Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o
> > que houve.
> > E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
> > - Foi terrive di vê!!!... ele jogou ela na cama, tirou a
> > brusa.... e os peito caiu....tirou a carcinha...e a barriga
> > e a bunda dispencaro.......
> > tirou as meia...e apariceu aquelas varizaiada toda, as
> > perna tudo cabiluda.
> > E eu dentro do guarda roupa, cas mãos no rosto, pensava:
> > 'Ai...qui vergonha que tô do Arcide!!!'
> > __________________________________________________________--
> >
> > UAI SÔ
> >
> > Um mineirinho bom de cama, passando por New York, pega uma
> > americana e parte para os finalmentes..
> > Durante a relação, a americana fica louca e começa a
> > gritar:
> > - Once more, once more, once more.....(tradução de once
> > more: 'mais uma vez')
> > E o mineirinho responde desesperado:
> > - Beozonte, Beozonte, Beozonte.....
> > ______________________________________________________________
> >
> > O EMPRESÁRIO E O MINEIRIM!
> >
> > Num certo dia, um empresário viajava pelo interior de
> > Minas.
> > Ao ver um peão tocando umas vacas, parou para lhe fazer
> > algumas perguntas:
> > - Acha que você poderia me passar umas informações?
> > - Claro, sô!
> > - As vacas dão muito leite?
> > - Qual que o senhor quer saber: as maiáda ou as marrom?
> > - Pode ser as malhadas.
> > - Dá uns 12 litro por dia!
> > - E as marrons?
> > - Tamém uns 12 litro por dia!
> > O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
> > - Elas comem o quê?
> > - Qual? As maiáda ou as marrom?
> > - Sei lá, pode ser as marrons!
> > - As marrom come pasto e sal.
> > - Hum! E as malhadas?
> > - Tamém come pasto e sal!
> > O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
> > - Escuta aqui, meu amigo! Por quê toda vez que eu te
> > pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero
> > saber das malhadas ou das marrons, sendo que é tudo a mesma
> > resposta?
> > E o matuto responde:
> > - É que as maiáda são minha!
> > - E as marrons?
> > - Tamém!
> > _____________________________________________________________
> >
> > INDO PARA A PESCARIA...
> >
> > Os dois mineiros se encontram no ponto de ônibus em
> > Cocalinho para uma pescaria.
> > - Então cumpade, tá animado? pergunta o primeiro.
> > - Eu tô, home!
> > - Ô cumpade, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
> >
> > - É que tô levano uma pingazinha, cumpade.
> > - Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê
> > mais?!
> > - Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente.
> > Aí nóis desinfeta
> > com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a
> > dô.
> > - É... e na outra sacola, o que qui tá levano?
> > - É a cobra, cumpade. Pode num tê lá...
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